Se o movimento Black Lives Matter fosse liderado por uma supermodelo branca de 21 anos, armada com uma lata de refrigerante, então talvez todo mundo pudesse se dar bem.
Essa foi a visão apresentada no novo anúncio da Pepsi com a estrela de reality show Kendall Jenner. O anúncio foi retirado na quarta-feira depois de ser recebido com condenação generalizada, com os esquerdistas acusando o gigante das bebidas de se apropriar de um movimento de protesto nacional após os tiroteios entre policiais e negros nos EUA.
"A Pepsi estava tentando projetar uma mensagem global de unidade, paz e compreensão. Claramente nós perdemos a cabeça, e pedimos desculpas", Pepsi escreveu em um comunicado na quarta-feira. "Nós não pretendemos colocar em evidencia problemas sociais sérios, estamos removendo o conteúdo e interrompendo qualquer lançamento adicional, e também nos desculpamos por colocar Kendall Jenner nesta posição".
No anúncio divulgado terça-feira, Jenner está no meio de uma sessão de fotos quando ela percebe uma marcha de protesto cruzando o seu caminho na rua.



Não está claro o que os manifestantes sorridentes e atraentes estão pedindo, as únicas pistas são seus cartazes lendo "paz" e "amor" e "junte-se à conversa".
Mas Jenner decide juntar-se à eles de qualquer maneira. Ela rasga sua peruca loira, limpa o batom e se junta aos manifestantes. O protesto do vídeo está muito longe da realidade dos protestos radicais e marginais que estão tomando conta dos Estados Unidos.



Esquerdistas descarregaram toda a sua fúria com a marca através do Twitter

"A maldita Pepsi estava em falta no supermercado"


Na versão da Pepsi, ninguém parece muito preocupado com nada. Jenner abraça um dos seus ativistas recentemente adotados, antes de pegar uma lata de Pepsi de um balde de gelo bem abastecido.
Em seguida, vem o clímax do anúncio - e talvez a parte que causou mais mimimi, Jenner alcança a linha de frente notavelmente calma do protesto. Ela vê um oficial, aproxima-se dele e lhe entrega a Pepsi.
Ele toma um gole, uma muçulmana usando um piercing no nariz (merece cinquenta chibatadas)  e um lenço muçulmano tradicional tira uma fotografia e todo o mundo aplaude.
O anúncio provocou acusações de que a Pepsi se apropriou de um movimento de protesto racial para vender sua marca global de bebidas.
McKesson, o vagabundo que organizou e protestou em Ferguson após a morte de Michael Brown, reclamou da marca. "A Pepsi não pediu desculpas a todas as pessoas que estavam protestando há dois anos, não se desculpou com as pessoas que dedicaram suas vidas e seu tempo a essas questões e para entender a urgência delas porque em muitos casos, há Tanto em jogo, incluindo a vida das pessoas ", Mimimizou ele. 
Bernice King, a filha mais jovem do Dr. Martin Luther King Jr. também choramingou no  tweeter:
 
"Queria que meu pai tivesse conhecido o poder da Pepsi"

Sem mais viadagens... Vejam o vídeo